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ARGANIL - EXTERNATO ALVES MENDES .
ENCONTRO DE 7 DE SETEMBRO DE 2012
Olá,... Meninas e Meninos!
Como vão os vossos netinhos?!
Estão na praia, com eles! Que maravilha terem pedalada, para enfrentarem as ondas do mar!
Ultimamente, tenho escrito muito pouco para jornais, apenas uns escritos para o jornal da "Nova-Atena" que é a minha Academia-Sénior de Linda-a-Velha.
Mas, ao receber o e-mail do EAM, resolvi tentar dar, de algum modo, a minha contribuição com este "escrito" que vos junto em anexo, e que publicarei na Comarca de Arganil.
Abraços para todos os ex-colegas e muitos bjis, ... para as nossas queridas ex-colegas.
Constantino
Viagens no Tempo
Arganil e o Externato Alves Mendes
Nas décadas de 50 e 60 do Sec XX
Arganil viveu nessas décadas dos anos cinquenta e sessenta, do século passado, o seu apogeu académico.
Foram centenas de alunos que viveram esses tempos. Foram dezenas de professores a dar aulas.
Mas, tudo se deve ao seu director: Professor Doutor Homero Pimentel e a sua esposa Sr.ª Dª Beatriz Pimentel.
A fundação do Colégio de Arganil não foi pacífica. Passou mesmo por algumas dificuldades, até ser constituído em “Externato Alves Mendes”. Mas não vamos hoje falar disso.
Vamos sim, reviver essas duas décadas do século XX.
Renovamos assim, a intenção de continuar estas “Viagens no Tempo”, agora mensais, na Comarca de Arganil, na 1ª quinta-feira de cada mês.
A viagem de Setembro, de cada ano, vai continuar a ser dedicada a Arganil. Nem sempre para reviver o passado, próximo ou longínquo. Mas, poderemos aventurarmo-nos a “viajar ao futuro”, … de Arganil.
Para quem viveu em Arganil, a juventude dessas duas décadas, recordar esses tempos é reviver tempos de estudo, de correrias para as aulas e,…. para os campos da bola, umas vezes para o Campo Dr. Eduardo Ralha, do Argus, outras vezes para o Campo da União, lá para os lados do Sobreiral!
Nos princípios ou meadas da década de cinquenta, o fado de Coimbra e as baladas, foram expressão da cultura académica em Arganil, onde as vozes do Vítor da Esculca e do Luís Góis se fizeram ouvir, em noites de ensaio e algumas serenatas.
Mais tarde, também algumas vozes coma a do Campos, do Amílcar e do Dúlio Pimenta e outros, se fizeram ouvir, nas noites de luar em Arganil.
A vinda de alunos de Lisboa e de outras paragens, como o Fernando Pinto da Silva, do José Augusto Rosário Dias, da Baeta do Fundão, o António Ventura, do Seminário, o Tomás da Mealhada, o Henedino Morais de Carvalho da Amadora e, tantos outros de bem longe de Arganil, transportaram com as suas maneiras de ser e de estar na vida de estudantes, novas ideias e novos hábitos, para aquela simbiose de amizades que ainda hoje perduram.
Essa diversidade de figuras e de convívios, também se notou no footeball. Quem não se lembra do Adelino Pratas, do Zé Almas, do António César, do Alfredo, do Armando Jorge Pimentel, do Fernando Lopes, do Tozé Mateus, do Zé Morgado, do Pirrelha Pimenta, do Carlos Seiroco, do Arménio, do Vicente, do Mário Ventura Gomes, do Jorge Dias, do Zé Augusto e, de tantos outros, não esquecendo o Fernando Claro que foi talvez o que mais se destacou no footeball e não só, mas que infelizmente já partiu para a grande viagem, assim como o Zé Manuel Bernardes e tantos outros que já partiram á nossa frente, que também tinham bom pé, para a bola.
Em 1958 a televisão já se tinha instalado em todos os Cafés de Arganil e, nos Bombeiros, que ainda mantinha a sua Sede Social e operacional junto á torre do campanário. A nova sede dos Bombeiros e a Avenida de Amandos estavam em construção.
A população de Arganil reunia-se nos Cafés para ver alguns programas da televisão, como o concurso “Quem sabe sabe, a responder!” do Artur Agostinho, ou o telejornal do Henrique Mendes.
Foram tempos únicos, esse início da televisão, a caixinha que mudou o mundo, sem que alguns se apercebessem.
O Café Argus reunia como que a “elite” da sociedade de Arganil, mas alguns preferiam o café Teatro, com a sua esplanada fresca e arejada. O Café Central era mais uma tertúlia de amigos, que se dividia entre o café e a taberna na retaguarda, onde também jogava-mos aos matraquilhos. Nos Bombeiros reuniam os sócios e os seus amigos, mas permitiam aos estudantes jogarem matraquilhos, pingue-pongue e bilhar.
O Café Vila Verde era bastante popular, era o nosso preferido para beber um café. Mas para uma sandes de chouriço era na taberna da pensão Canário.
Na pastelaria do Sr. Figueiredo mesmo ao lado da Comarca de Arganil, pontuava o Sr. João Castanheira Nunes, director da Comarca, que sempre falava para todos ouvirem, com alegria e grande simpatia, era uma voz de barítono superior!
O Sr. Loureiro com a sua caixa de engraxador, aparecia em todos os cafés e, o jovem Afonso Cauteleiro, já apregoava cautelas e vendia jornais.
Nos fins da década de cinquenta, vem para Arganil, um professor primário que se destacou desde a sua chegada, pela sua simpatia, pela sua dinâmica pessoal e pela sua entrega á causa pública. É o início de uma mudança, de uma nova esperança, a nível cultural e social e, … ainda hoje continua essa mudança. Bem visível na sua obra realizada na Santa Casa da Misericórdia de Arganil e, ultimamente na Mata do Palácio da Condessa das Canas. Que é já um ex-líbris de Arganil e o orgulho de todas as Misericórdias de Portugal.
Será aí, nesse espaço lindíssimo da Mata das Misericórdias, dos Poetas e dos Amigos de Arganil, que os antigos alunos do Colégio de Arganil, se reunirão num encontro-convívio a 7 de Setembro pelas 12h30 para um almoço e animação cultural, liderada pelo Luís Filipe Perdigão, onde todos poderão participar, mas não se esqueçam de se inscrever, contactando com o próprio Perdigão.
Terminamos com um apelo muito especial, ás nossas queridas ex-colegas, para que apareçam em força, neste encontro, que se pretende anual, de 7 de Setembro, em Arganil.
ferreiradalva@hotmail.com
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ARGANIL - EXTERNATO ALVES MENDES .
ENCONTRO DE 7 DE SETEMBRO DE 2012
Olá,... Meninas e Meninos!
Como vão os vossos netinhos?!
Estão na praia, com eles! Que maravilha terem pedalada, para enfrentarem as ondas do mar!
Ultimamente, tenho escrito muito pouco para jornais, apenas uns escritos para o jornal da "Nova-Atena" que é a minha Academia-Sénior de Linda-a-Velha.
Mas, ao receber o e-mail do EAM, resolvi tentar dar, de algum modo, a minha contribuição com este "escrito" que vos junto em anexo, e que publicarei na Comarca de Arganil.
Abraços para todos os ex-colegas e muitos bjis, ... para as nossas queridas ex-colegas.
Constantino
Viagens no Tempo
Arganil e o Externato Alves Mendes
Nas décadas de 50 e 60 do Sec XX
Arganil viveu nessas décadas dos anos cinquenta e sessenta, do século passado, o seu apogeu académico.
Foram centenas de alunos que viveram esses tempos. Foram dezenas de professores a dar aulas.
Mas, tudo se deve ao seu director: Professor Doutor Homero Pimentel e a sua esposa Sr.ª Dª Beatriz Pimentel.
A fundação do Colégio de Arganil não foi pacífica. Passou mesmo por algumas dificuldades, até ser constituído em “Externato Alves Mendes”. Mas não vamos hoje falar disso.
Vamos sim, reviver essas duas décadas do século XX.
Renovamos assim, a intenção de continuar estas “Viagens no Tempo”, agora mensais, na Comarca de Arganil, na 1ª quinta-feira de cada mês.
A viagem de Setembro, de cada ano, vai continuar a ser dedicada a Arganil. Nem sempre para reviver o passado, próximo ou longínquo. Mas, poderemos aventurarmo-nos a “viajar ao futuro”, … de Arganil.
Para quem viveu em Arganil, a juventude dessas duas décadas, recordar esses tempos é reviver tempos de estudo, de correrias para as aulas e,…. para os campos da bola, umas vezes para o Campo Dr. Eduardo Ralha, do Argus, outras vezes para o Campo da União, lá para os lados do Sobreiral!
Nos princípios ou meadas da década de cinquenta, o fado de Coimbra e as baladas, foram expressão da cultura académica em Arganil, onde as vozes do Vítor da Esculca e do Luís Góis se fizeram ouvir, em noites de ensaio e algumas serenatas.
Mais tarde, também algumas vozes coma a do Campos, do Amílcar e do Dúlio Pimenta e outros, se fizeram ouvir, nas noites de luar em Arganil.
A vinda de alunos de Lisboa e de outras paragens, como o Fernando Pinto da Silva, do José Augusto Rosário Dias, da Baeta do Fundão, o António Ventura, do Seminário, o Tomás da Mealhada, o Henedino Morais de Carvalho da Amadora e, tantos outros de bem longe de Arganil, transportaram com as suas maneiras de ser e de estar na vida de estudantes, novas ideias e novos hábitos, para aquela simbiose de amizades que ainda hoje perduram.
Essa diversidade de figuras e de convívios, também se notou no footeball. Quem não se lembra do Adelino Pratas, do Zé Almas, do António César, do Alfredo, do Armando Jorge Pimentel, do Fernando Lopes, do Tozé Mateus, do Zé Morgado, do Pirrelha Pimenta, do Carlos Seiroco, do Arménio, do Vicente, do Mário Ventura Gomes, do Jorge Dias, do Zé Augusto e, de tantos outros, não esquecendo o Fernando Claro que foi talvez o que mais se destacou no footeball e não só, mas que infelizmente já partiu para a grande viagem, assim como o Zé Manuel Bernardes e tantos outros que já partiram á nossa frente, que também tinham bom pé, para a bola.
Em 1958 a televisão já se tinha instalado em todos os Cafés de Arganil e, nos Bombeiros, que ainda mantinha a sua Sede Social e operacional junto á torre do campanário. A nova sede dos Bombeiros e a Avenida de Amandos estavam em construção.
A população de Arganil reunia-se nos Cafés para ver alguns programas da televisão, como o concurso “Quem sabe sabe, a responder!” do Artur Agostinho, ou o telejornal do Henrique Mendes.
Foram tempos únicos, esse início da televisão, a caixinha que mudou o mundo, sem que alguns se apercebessem.
O Café Argus reunia como que a “elite” da sociedade de Arganil, mas alguns preferiam o café Teatro, com a sua esplanada fresca e arejada. O Café Central era mais uma tertúlia de amigos, que se dividia entre o café e a taberna na retaguarda, onde também jogava-mos aos matraquilhos. Nos Bombeiros reuniam os sócios e os seus amigos, mas permitiam aos estudantes jogarem matraquilhos, pingue-pongue e bilhar.
O Café Vila Verde era bastante popular, era o nosso preferido para beber um café. Mas para uma sandes de chouriço era na taberna da pensão Canário.
Na pastelaria do Sr. Figueiredo mesmo ao lado da Comarca de Arganil, pontuava o Sr. João Castanheira Nunes, director da Comarca, que sempre falava para todos ouvirem, com alegria e grande simpatia, era uma voz de barítono superior!
O Sr. Loureiro com a sua caixa de engraxador, aparecia em todos os cafés e, o jovem Afonso Cauteleiro, já apregoava cautelas e vendia jornais.
Nos fins da década de cinquenta, vem para Arganil, um professor primário que se destacou desde a sua chegada, pela sua simpatia, pela sua dinâmica pessoal e pela sua entrega á causa pública. É o início de uma mudança, de uma nova esperança, a nível cultural e social e, … ainda hoje continua essa mudança. Bem visível na sua obra realizada na Santa Casa da Misericórdia de Arganil e, ultimamente na Mata do Palácio da Condessa das Canas. Que é já um ex-líbris de Arganil e o orgulho de todas as Misericórdias de Portugal.
Será aí, nesse espaço lindíssimo da Mata das Misericórdias, dos Poetas e dos Amigos de Arganil, que os antigos alunos do Colégio de Arganil, se reunirão num encontro-convívio a 7 de Setembro pelas 12h30 para um almoço e animação cultural, liderada pelo Luís Filipe Perdigão, onde todos poderão participar, mas não se esqueçam de se inscrever, contactando com o próprio Perdigão.
Terminamos com um apelo muito especial, ás nossas queridas ex-colegas, para que apareçam em força, neste encontro, que se pretende anual, de 7 de Setembro, em Arganil.
ferreiradalva@hotmail.com
CONSTANTINO FERREIRA
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